quinta-feira, 19 de março de 2015

Entre o Bem, o Mal e a Magia: resenha Longe como o Meu Querer

Sabe aquele costume que temos de avaliar uma obra pela capa? Então, eu quase deixei de ler um dos livros que mais gostei nos últimos anos por causa dessa mania. Ainda bem, porque os textos da autora Marina Colasanti conseguem prender o leitor até o fim, pela leveza e, ao mesmo tempo, densidade que apresentam. O livro em questão é Longe como o Meu Querer, que traz metáforas a respeito de sentimentos muito humanos como a raiva, o medo, a insegurança e o amor, através de personagens incomuns, os quais você não encontra todo dia: princesas, monstros, duendes e outros seres fantásticos.

O interessante é que, por mais complexa ou inusitada seja a situação retratada em cada história, você vai se interessando ainda mais pelos detalhes da narração, que levam você a imaginar as aventuras vividas pelos personagens. Um palácio de um rei que continha uma janela diferente para cada dia do ano, ou uma mulher que tinha a lua sob a pele são alguns dos contos que conseguem lhe levar para terras longínquas, embora o desfecho das tramas acabe aproximando o leitor e os personagens. Se você for ler o livro, sugiro duas histórias em especial – embora eu saiba que muita gente prefere ler pela ordem do sumário, de maneira tradicional.



A autora
Crédito: agenciariff.com.br
A primeira, minha preferida, destaca as vivências de dois irmãos, que estando sozinhos, aparentemente, precisam lidar com as diferenças, já que um é, pela visão do irmão mais velho, “minúsculo”, e o outro, parece ter o tamanho normal de qualquer outro homem. É diante dessa percepção que vem a graça da história.

A outra é sobre um monarca que, em uma de suas viagens pelo reino, fica encantado pelo aroma de um pão feito por um humilde padeiro, que logo é contratado pelo rei para ser o cozinheiro real. Apesar do esforço do homem, o rei perde o interesse pelo alimento e a razão é muito mais simples do que se imagina.

Se você gosta desse tipo de obra, também deve ler Os Contos de Beedle, o Bardo, de J.K. Rowling, criadora do bruxinho Harry Potter. Claro, Marina Colasanti usa um tom mais adulto, mas a essência das duas obras encontra semelhanças. Em breve, estarei postando uma resenha desse outro livro também. Boa leitura!


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