quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A Ditadura da Felicidade

Foto: site Guia do Estudante.
Hoje em dia com as redes sociais está cada vez mais fácil saber sobre a vida dos outros. As manias, as virtudes, os vícios, nada escapa do “grande olho” cibernético. E, claro, as vitórias esplendorosas também. A grande promoção no trabalho, o relacionamento de “cinema” e outras maravilhas de uma vida de comercial de margarina. Só que, muitas vezes, o que chega até nós nada é mais do que uma perspectiva muito positiva e, digamos assim, esperançosa, sobre os fatos.

Para quem os compartilha e para quem os visualiza e absorve aquilo como real e verdadeiro. E, na realidade, tudo o que lemos nos tuítes, posts e mensagens correspondem à vida tal e qual se apresenta? Será que não é tudo encenação, não?

A verdade é que em vários momentos “compramos” a felicidade que é expressada online para todos e os quatro cantos do mundo ver. Queremos sentir essa alegria toda e, por vezes, praguejamos contra a euforia alheia porque a vida da gente não é tão maravilhosa como a da nossa vizinha, colega ou daquela atriz famosa.

Se a felicidade não é um produto que está à venda no supermercado, nos contentamos com “pequenas amostras” e “doses diárias” das alegrias dos outros, enquanto deveríamos estar lutando pelos nossos momentos felizes. Dar ouvidos a quem realmente se importa conosco, expressar mais o quanto gostamos das pessoas e fazer mais pelos outros. Antes de tudo, porém, temos de estar bem conosco, em primeiro lugar. Depois, nos voltamos às outras pessoas.

Tudo para voltarmos a sentir a alegria do dia a dia, sem se tornar um refém, uma vítima da “ditadura” da felicidade, só porque isso dá “audiência” ou parece que está na moda. Mais do que parecer, é necessário ser. 


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