Mudança: Convidada nem sempre Bem-Vinda

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Há três anos, aproximadamente, estava me formando na faculdade e, apesar de sempre ter os pés muito bem fincados no chão, tinha muitas expectativas com relação à minha vida: o que eu estaria fazendo depois de uns cinco, dez anos? Onde eu estaria? Essas são algumas das perguntas que, muitas vezes, é o tempo que vai responder a você.

Passados alguns anos, você revê o que pensava, projetava, e percebe que muito daquilo que desejava não é tão ou nada importante agora, já que, assim como os lugares e as pessoas, você também mudou. E o engraçado disso é que, em vários momentos, você demora para perceber a própria mudança, tanto negativa quando positiva.

Ficamos mais cansados, mais intolerantes, rabugentos ou mais emotivos e até um pouco mais esperançosos que as coisas mudem, porque, de repente, o seu desejo era que nada tivesse saído do devido lugar, ou seja, voltasse ao que era antes. Só que isso é quase impossível. Na verdade, seria tão mais fácil encarar as mudanças se elas chegassem devagar, sem fazer alarde, ou fossem tão fáceis ou triviais, como respirar ou acordar pela manhã.

E se, mesmo que o mundo tivesse que mudar, continuássemos a contar com as pessoas, sabendo que elas estivessem ali para sempre, esperando você contar como foi o dia ou não deixando esses laços findarem, talvez fosse menos pesarosa essa tendência do mundo em mudar constantemente.

Sei que o melhor é não se apegar a nada: nem a objetos nem às pessoas, mas não é uma tarefa simples, por mais que se tenha amadurecido ou perdido na vida.

O que tenho feito para lidar com essa dança constante das cadeiras é ter em mente o que quero, é focar em meus planos e projetos, e ter consciência das pessoas que realmente importam. 

A mudança é inevitável. Algumas são necessárias, outras não, mas você precisa se adaptar ou reagir a elas, para ter equilíbrio para viver o presente e estar preparado para o futuro.