quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Marra de Caubói

Texto publicado em 2013 no Portal Contato Net

A combinação de sinceridade e humor nunca esteve tão em alta. Una a essa mistura, pitadas de um temperamento forte e tenha aí um composto explosivo. Atualmente quem foi alçada à musa dessa nova leva foi a atriz Jennifer Lawrence. 
O jeito espontâneo, sincero e por vezes exagerado da jovem ficou em evidência na mídia quando a moça ganhou o Oscar pela atuação no comentado filme “O Lado Bom da Vida”. Nem o tombo que a guria levou ao subir os degraus para receber o prêmio tiraram o sorriso da artista, que ainda fez piada com Meryl Streep.

O que a deixou mesmo irritada foram as brincadeiras de alguns jornalistas. A atriz não hesitou em mostrar o dedo para os engraçadinhos da imprensa. Esse jeito despojado da moça chamou a atenção do mundo, afinal, eis uma personalidade mais autêntica do que as inatingíveis beldades de Hollywood. Essa geração movida à ingestão de ânimo e que não leva desaforo para casa, também é apontada comicamente de “faca na bota”, como citou a jornalista Jana Rosa.
Do faroeste aos quadrinhos
Se agora as representantes desse grupo já circulam pelos glamorosos tapetes vermelhos, os ídolos mais esquentadinhos habitam o universo da ficção há tempos.  O aclamado diretor de cinema, Quentin Tarantino, adaptou histórias de lutas orientais e do Velho Oeste para a telona. O diretor deu a própria visão aos gêneros, sempre carregados de cenas tensas e sangrentas. Em Kill Bill, a personagem de Uma Thurman persegue os adversários e extermina os que tramaram o seu fim. A trama tem um ar oriental, com direito a cenas de luta corporal e golpes com espada. Apesar da beleza da atriz, a vingança da moça é implacável.



Além dos guerreiros orientais, que lutam com força, coragem e foco, há os caubóis, cheios de estilo e marra. Em Django Livre, Jamie Foxx encarna um escravo liberto que luta pela nova condição e precisa salvar a amada. Apesar do sofrimento pelo qual o personagem passa, o herói mantém-se firme como um caubói determinado e cheio de marra.
 Aliás, essa personalidade forte também é característica de um baixinho invocado dos quadrinhos, o mutante Wolverine, interpretado pelo ator Hugh Jackman no cinema. O filme Wolverine: Imortal, o mais recente do personagem traz a continuidade da história do herói após os acontecimentos de X-Men – O Confronto Final. Apesar do personagem ser corajoso e com aparência de mal encarado, Wolverine não titubeia em salvar o mundo com aquele ar desconfiado (vide a sobrancelha arqueada) e as famosas garras. 

Nesse ano, no próximo filme sobre os mutantes, X-Men: dias de um futuro esquecido, talvez Wolverine encontre a versão jovem de Mística (Lawrence) já que os heróis da turma do professor Xavier viajarão para o futuro. Uma reunião nada agitada, certamente.


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