Fotos: divulgação |
Apenas um passo errado tem o poder de comprometer toda a caminhada, principalmente quando as pessoas estão em uma das fases mais importantes e também decisivas da vida: a adolescência. Em Os Garotos da Minha Vida, Drew Barrymore é Beverly Donofrio, uma jovem inteligente, destaque do colégio e que teria um promissor futuro pela frente, mas que coloca tudo a perder quando engravida de um jovem, Ray (Steve Zahn), com que passou a noite depois de uma festa. A produção é baseada no livro homônimo escrita pela verdadeira Beverly.
A
menina mal conhecia o rapaz, mas influenciada pelas circunstâncias (o jovem
havia defendido a garota quando outro menino a destratou no referido baile) e
pelos hormônios adolescentes, a colegial acaba se envolvendo com o colega.
Passado o choque inicial de saber que teria um bebê, a mocinha ainda teria de
criar coragem para contar ao pai sobre o ocorrido, um homem conservador.
Além
de ser mãe precoce, a jovem dá início a uma crescente sucessão de erros,
chegando ao absurdo de comercializar maconha dentro de casa. O filho da
protagonista, Jason (Logan Lerman/Adam Garcia) cresce sem tantos
cuidados, em um ambiente complicado, já que o próprio pai era dependente
químico e fica às voltas com a mãe desnaturada. Com o passar do tempo, a
situação começa a se inverter, apresentando uma mãe mais apegada ao rapaz, que
começa a trilhar um caminho que a genitora não foi capaz de seguir: tem planos
de formar uma família e seguir uma carreira de seu interesse, mas de forma
organizada e sem atropelos, ao contrário da mãe.
Embora
tendo a certeza do que queria para o futuro, o rapaz tinha alguns assuntos
pendentes e um deles era conhecer o pai, uma figura ausente e tão importante na
vida de uma pessoa. Só que quando o jovem conhece o genitor há uma decepção e
uma frustração extremamente grandes, como se fosse melhor o garoto nunca ter
procurado aquele homem tão estranho para ele, assim como é a sua relação com a
própria mãe, da qual sente um misto de pena e ressentimento. Apesar de todos os
tropeços, o filho, que a jovem apontava como a causa dos problemas que
vivenciou, talvez tenha sido uma das poucas coisas boas que aconteceu em sua
vida.
Claro,
as pessoas erram e acertam o tempo todo, é algo natural, mas não se deve desperdiçar
a existência, as oportunidades, com ações vazias e momentos sem significado
algum. A estrada é longa e o tempo é muito curto.
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