Resenha: Os Contos de Beedle, o Bardo

"Os Contos de Beedle, o Bardo" foi um dos livros que li em uma ou duas tardes a caminho da faculdade (sim, eu leio em ônibus, mas não faça isso porque esse hábito pode lhe causar enjoo) e que não mantive muita expectativa, já que por ser algo derivado e acessório da saga Harry Potter, da J. K. Rowling, não acreditei que fosse uma leitura incrível, mas é. A criadora do bruxinho conseguiu unir leveza, humor e magia em uma obra acessível a todos os tipos de leitores, fãs ou nem tão entusiastas da turma de Hogwarts. 

Hermione, Rony e Harry recebendo a herança de Dumbledore, 
em Relíquias - Parte 1. 

Se você lembra do último livro ou filme da série, Harry Potter e as Relíquias da Morte, você vai se recordar da parte em que Harry, Hermione e Rony vão até à casa do pai de Luna, Xenofílio Lovegood, para saber mais sobre a história do símbolo que está no livro que Dumbledore deixou para Mione. O desenho remete à lenda dos três irmãos, que ganharam três presentes da Morte por terem escapado de um fim trágico. Um dos bruxos ganhou a Varinha das Varinhas, o outro foi contemplado com a Pedra da Ressurreição e o terceiro ficou com a Capa da Invisibilidade. Apenas um, entretanto, viveu o suficiente para partir depois com a Morte no momento certo e repassou o presente, no caso a capa, ao herdeiro. 

Este conto, que tem uma grande importância na última parte da história, já que no fim Harry torna-se o Senhor da Morte pois fica de posse dos objetos e derrota Voldemort (fraco depois que o garoto e seus amigos acabam com as horcruxes - artefatos que guardavam fragmentos da alma do vilão e que impediam que o mago fosse derrotado). 

Foto: blog Conselhos de amiga (http://conselhosdeamiga.com.br).

Embora esta seja a história de mais destaque em Relíquias da Morte, há outros contos bem interessantes, como "O Mago e o Caldeirão Saltitante", "A Fonte da Sorte" e "Babbity, a Coelha, e seu Toco Gargalhante”. Segue abaixo um resumo do meu favorito:

*O Coração Peludo do Mago - Nessa história, um bruxo envolve-se com as Artes das Trevas para não se apaixonar e, à medida que lida com a magia negra, desumaniza-se e desliga-se pouco a pouco da sensibilidade e de sentimentos como o amor ou a tristeza. Quando ele percebe que é motivo de zombaria e pena pelo fato de que não era casado e vivia solitário, o feiticeiro decide arrumar uma esposa. Escolhe a mais bonita e talentosa para fazer inveja nos outros, mas ao invés de encontrar o amor verdadeiro, o homem mergulha de vez na escuridão que tomou conta de sua existência e, principalmente, do coração que tanto aprisionou - literalmente. 

Se você gosta de histórias semelhantes, sugiro a leitura de Longe como o Meu Querer. Confira  aqui a resenha. 

Uma boa quarta-feira aos leitores e até o próximo post.